Um tribunal em Wenzhou, na China, condenou à morte 11 membros da família Ming, envolvidos em um esquema criminoso transnacional em Kokang, Mianmar. O grupo é acusado de operar centros de fraude online, cassinos ilegais e tráfico humano, gerando mais de US$ 1,4 bilhão em receitas ilícitas desde 2015.
Os centros de fraude, conhecidos como “ciberescravos”, mantinham vítimas em cativeiro e as forçavam a realizar golpes digitais. Pelo menos 14 pessoas morreram tentando escapar ou desobedecer às ordens. A ONU estima que mais de 100 mil pessoas foram afetadas por esse tipo de exploração na região do Sudeste Asiático.
Além das 11 sentenças de morte, cinco membros receberam pena de morte com suspensão de dois anos, e outros 12 foram condenados a prisão de 5 a 24 anos. O patriarca da família, Ming Xuechang, teria se suicidado durante a prisão.
Mesmo após as condenações, os centros de fraude continuam a operar, utilizando internet via satélite e relocando-se para áreas com fiscalização menos rigorosa, evidenciando a necessidade de esforços internacionais coordenados contra o tráfico humano e fraudes digitais.
Fontes: The Guardian, Washington Post, The Sun, AP News.
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