Adélio Bispo de Oliveira, responsável pelo atentado contra Jair Bolsonaro em 2018, pode ser liberado da prisão em breve, mas seu estado mental continua sendo motivo de preocupação para as autoridades. Segundo relatos recentes, Adélio apresenta dificuldades significativas de comunicação, não consegue manter conversas coerentes e está isolado da maioria dos outros detentos, o que levanta dúvidas sobre sua capacidade de reintegração social.
Atualmente, ele cumpre medida de segurança em uma cela de aproximadamente seis metros quadrados no Presídio Federal de Campo Grande (MT) e não recebe visitas de familiares há mais de um ano. Desde que ingressou no sistema penitenciário, não participou de atividades educativas, não leu nenhum livro e permanece praticamente isolado, sem interação significativa com outros presos.
Nos próximos dias, Adélio passará por nova avaliação psiquiátrica, conduzida por dois psicólogos enviados pelo sistema penitenciário. O objetivo é analisar seu estado mental, a presença de transtornos que possam representar risco à sociedade e definir se sua medida de segurança deve ser mantida ou revisada. O laudo será fundamental para que a Justiça decida se Adélio pode deixar o sistema prisional ou se precisa continuar internado para tratamento.
A medida de segurança aplicada a Adélio foi determinada justamente por ele possuir diagnóstico de transtorno mental, e não com objetivo de punição. O foco é garantir tratamento adequado enquanto se avalia a sua periculosidade, considerando que a decisão de soltá-lo envolve não apenas critérios legais, mas também médicos e de segurança pública.
O caso ainda gera discussões sobre a responsabilidade do Estado em lidar com presos com problemas mentais graves e a forma como essas medidas podem equilibrar proteção à sociedade e aos direitos individuais do detento. A decisão judicial final deve levar em conta todos esses fatores e será determinante para o futuro de Adélio Bispo.
Fontes:
Brasil 247; Metrópoles; Diário do Centro do Mundo.
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