Em entrevista recente à imprensa internacional, Celso Amorim, assessor de política externa do governo brasileiro, disse que se os United States (EUA) realizarem uma invasão efetiva à Venezuela, há risco real de a América do Sul virar “zona de guerra”. Ele comparou o possível conflito a um “novo Vietnã”, referindo-se à guerra americana no Sudeste Asiático — marcada por longa duração, guerrilhas e impactos devastadores.
Segundo Amorim, a escalada atual — com fechamento do espaço aéreo venezuelano determinado pelos EUA, movimentação naval na região e ataques a embarcações — já configura um “ato de guerra” e intensifica os riscos de um confronto de larga escala.
Ele alerta que, mesmo opositores internos ao governo venezuelano poderiam se unir contra uma intervenção estrangeira, o que tornaria a resistência mais ampla e o conflito mais complexo. A consequência, na visão dele, não seria um simples confronto bilateral, mas potencialmente um conflito regional com envolvimento global.
Amorim defende que a solução para a crise venezuelana não passe por intervenção militar, mas por caminhos diplomáticos e negociações, evitando o que poderia se transformar em um desastre humanitário e geopolítico para a região.
Fontes: declarações de Celso Amorim para o jornal The Guardian e reportagens de Poder360, Correio Braziliense, O Povo e IHU.
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