A Polícia Federal prendeu, em 12 de setembro de 2025, o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", e seu sócio Maurício Camisotti, durante a Operação Cambota. A prisão foi motivada por indícios de risco de fuga, ameaças a testemunhas e tentativa de ocultação de patrimônio.
Segundo o relatório da PF, Antunes havia adquirido um imóvel nos Estados Unidos e havia viajado para o país na véspera da deflagração da operação, retornando quatro dias depois. Além disso, um ex-funcionário relatou à polícia que foi alvo de ameaças de morte por parte de Antunes. A investigação também apontou tentativas de ocultação de bens, incluindo veículos de luxo apreendidos em Brasília e São Paulo.
Antunes é apontado como um dos principais operadores de um esquema de fraudes no INSS que teria causado prejuízos de aproximadamente R$ 6,3 bilhões aos aposentados e pensionistas. O esquema envolvia descontos ilegais nos benefícios, utilizando entidades associativas e sindicatos como intermediários. A Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025, revelou a magnitude da fraude e resultou na apreensão de bens de alto valor, como joias, veículos de luxo e dinheiro em espécie.
A prisão de Antunes e Camisotti é vista como um avanço nas investigações e uma resposta às denúncias de corrupção e fraudes no sistema previdenciário. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que investiga o caso, havia agendado o depoimento de Antunes para o dia 15 de setembro, mas ele desistiu de comparecer, o que gerou críticas e especulações sobre possíveis tentativas de obstrução das investigações.
A ação da Polícia Federal reflete o comprometimento das autoridades em combater fraudes no sistema previdenciário e garantir a responsabilização dos envolvidos em esquemas ilícitos.
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