A concessionária Enel passou a ser duramente criticada após um apagão que deixou milhões de moradores de São Paulo sem energia elétrica e causou impactos em diversos setores da cidade. A falta de luz atingiu bairros inteiros da capital e da região metropolitana, prejudicando serviços essenciais, o funcionamento do comércio e o abastecimento de água em algumas áreas.
O blecaute também teve reflexos no setor aéreo. Aeroportos registraram atrasos e cancelamentos de voos, afetando passageiros em todo o país e ampliando a sensação de caos gerada pela falha no fornecimento de energia. O episódio é considerado um dos mais graves enfrentados pela cidade nos últimos anos.
Em meio à crise, a postura da Enel agravou ainda mais a situação. Representantes da empresa adotaram um tom ofensivo ao responder às críticas do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. Um advogado ligado à concessionária chegou a fazer comparações consideradas desrespeitosas, tentando transferir à Prefeitura a responsabilidade pelos danos causados, especialmente em relação à queda de árvores sobre a rede elétrica.
A reação do poder público foi imediata. O prefeito classificou a atuação da Enel como irresponsável e afirmou que eventos climáticos relativamente comuns não podem resultar em apagões de grandes proporções. Segundo ele, o episódio evidencia falhas estruturais e falta de investimento da concessionária na manutenção da rede.
Diante do cenário, autoridades passaram a discutir medidas mais duras contra a empresa, incluindo a possibilidade de substituição da concessionária e a revisão do contrato de concessão. A Justiça também determinou o restabelecimento imediato da energia em áreas afetadas, com previsão de multas em caso de descumprimento.
O episódio reforçou o desgaste da Enel junto à população e reacendeu o debate sobre a qualidade do serviço prestado e a capacidade da empresa de atender uma metrópole do porte de São Paulo.
Fontes: Brasil 247; Agência Brasil; Reuters; Euronews.
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