O Banco Central do Brasil anunciou que, após uma série de aumentos na taxa Selic, decidiu interromper o ciclo de alta para avaliar os impactos acumulados. Agora, a autoridade monetária entra em uma nova fase, mantendo a Selic em 15% ao ano com o objetivo de convergir a inflação para a meta de 3% estabelecida para 2025.
Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira (23), o BC afirmou que, diante do cenário atual, optou por manter a taxa inalterada e continuará avaliando se essa estratégia será suficiente para atingir a meta de inflação.
O Copom destacou que a política fiscal continua sendo um fator central de risco para a inflação, tanto no curto prazo, por meio do estímulo à demanda agregada, quanto de forma estrutural, ao afetar a percepção sobre a sustentabilidade da dívida pública. A combinação de incertezas sobre o esforço de reformas, aumento do crédito direcionado e dúvidas sobre a estabilização da dívida pode elevar a taxa de juros neutra da economia, reduzindo a eficácia da política monetária e aumentando o custo da desinflação.
Apesar da recente moderação da atividade econômica e do recuo parcial das expectativas de inflação, o Copom observou que as pressões sobre os preços, especialmente em serviços, permanecem elevadas. Diante disso, a autoridade monetária reforçou a necessidade de manter uma política monetária restritiva por um período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.
O BC também ressaltou que os próximos passos da política monetária poderão ser ajustados conforme necessário e que não hesitará em retomar o ciclo de alta de juros caso julgue apropriado.
Fontes:
InfoMoney, Terra, CNN Brasil, O Tempo.
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