O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em comparação ao trimestre imediatamente anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado ficou abaixo da expectativa de mercado, que projetava alta de 0,2%, o que reforça sinais de enfraquecimento da economia.
Apesar da expansão tímida no trimestre, na comparação com o mesmo período de 2024 o PIB apresentou crescimento de 1,8%. No entanto, o desempenho modesto neste trimestre acende alerta sobre a tendência de desaceleração do país.
Entre os fatores que influenciaram o ritmo reduzido do crescimento estão o consumo das famílias e o setor de serviços — principais motores da economia — que tiveram avanço muito discreto ou praticamente estagnado. Por sua vez, indústria e agropecuária registraram variações positivas, oferecendo alguma sustentação ao resultado geral.
O cenário de juros altos, com a taxa básica no maior patamar em quase duas décadas, aparece como um dos fatores que inibem consumo e investimento, limitando o ritmo de expansão econômica. Esse contexto reforça entre economistas a expectativa de que o Banco Central do Brasil (BC) possa reduzir os juros já no início de 2026 como forma de estimular a atividade.
Se, por um lado, o crescimento trimestral foi pequeno, por outro o resultado anualizado — considerando os últimos 12 meses — ainda demonstra expansão, o que revela uma economia vivendo um momento de transição, com pressões para baixo no curto prazo mas com alguma sustentação de médio prazo.
Fontes: IBGE, dados sobre PIB do 3º trimestre de 2025; relatórios de projeção econômica do mercado e análises de especialistas; dados sobre política monetária do Banco Central do Brasil.
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