O governo da Venezuela classificou como “fraudulenta” e uma “venda forçada” a decisão de um tribunal dos Estados Unidos que autorizou a venda da sua refinaria norte‑americana CITGO. A transação envolve a empresa matriz PDV Holding — controlada pela estatal venezuelana PDVSA — e foi aprovada após um leilão judicial destinado a saldar dívidas da Venezuela.
A vice‑presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, leu um comunicado criticando a decisão, afirmando que se trata de um “despojo vulgar e bárbaro” de um patrimônio venezuelano em solo dos EUA, e reiterando que Caracas “não reconhecerá nem reconhecerá” esse processo. O governo aponta que PDVSA e a Venezuela foram ilegalmente excluídos do procedimento, sem possibilidade de defesa adequada, e acusa o processo de ser parte de uma agressão a seus direitos econômicos e soberania.
A venda aprovada pelo juiz de Delaware, Leonard Stark, transfere as ações da PDV Holding para a subsidiária Amber Energy, ligada ao fundo de investimentos Elliott Investment Management, com lance de 5,9 bilhões de dólares. A operação busca satisfazer créditos de diversos credores da Venezuela, mas ainda depende da aprovação do órgão regulador americano.
A decisão acendeu um novo capítulo na crise entre Caracas e Washington, reacendendo tensões diplomáticas — e gerando preocupação sobre os desdobramentos para a indústria petrolífera e os ativos internacionais da Venezuela.
Fontes: Reuters, AFP, IstoÉ Dinheiro, TeleSUR, MarketScreener, Dawn, The National Times.
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