Na manhã desta quarta-feira, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), classificou como “sucesso” a grande operação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão. Ele afirmou que, “de vítimas, só tivemos os policiais”, em referência aos quatro agentes mortos durante a ação.
De acordo com o governo estadual, a operação — considerada a mais letal da história do estado — resultou oficialmente em 58 mortes. Contudo, moradores da região relataram a presença de ao menos 72 corpos, encontrados entre uma área de mata e uma praça pública.
Durante coletiva de imprensa, Castro disse que a ação cumpriu mandados judiciais, envolveu mais de 1 500 agentes e foi fruto de uma investigação que durava mais de um ano, com cerca de 60 dias de planejamento. O governador afirmou ainda que o Estado “não pode vencer sozinho a guerra contra o Estado paralelo” e cobrou maior cooperação e financiamento do governo federal.
Castro também criticou a politização do debate sobre segurança pública e reagiu às declarações de autoridades federais que alegaram não ter sido formalmente acionadas para ajudar na operação. “Todo aquele que quiser vir para cá no intuito de somar é bem-vindo. Os outros que querem fazer confusão… soma ou some”, declarou.
Por outro lado, entidades de direitos humanos e parlamentares fluminenses questionam a narrativa de “sucesso” diante do elevado número de mortos. Eles pedem investigação sobre possível uso excessivo da força e ocultação de corpos, afirmando que não se pode chamar de êxito uma ação com tantas vítimas civis.
Fontes: Congresso em Foco, Brasil de Fato.
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