O cineasta carioca Miguel Viveiros de Castro foi declarado desaparecido após a interceptação da flotilha humanitária Global Sumud Flotilha, da qual ele fazia parte, enquanto se dirigia à Faixa de Gaza. O último contato registrado foi um vídeo enviado por volta das 23h do dia 1º de outubro de 2025, quando a embarcação Catalina se aproximava da costa de Gaza. No vídeo, Miguel alertava que as forças israelenses estavam se aproximando e que a comunicação seria interrompida em breve.
A flotilha, composta por cerca de 40 barcos, transportava alimentos e medicamentos destinados à população palestina. Segundo os organizadores, vários navios foram interceptados por forças israelenses durante a noite, mas ainda não há confirmação sobre a situação do Catalina. A Global Sumud Flotilha informou que perdeu comunicação com Miguel e que a embarcação pode ter sido interceptada, dado o bloqueio de comunicações imposto pelas forças israelenses.
Antes de desaparecer, Miguel relatou em vídeo que a embarcação já havia sido alvo de drones e que produtos químicos haviam sido lançados, causando ardência na pele. Ele também mencionou ataques com bombas incendiárias contra os barcos da flotilha. Em outro vídeo, gravado no período da tarde de quarta-feira, Miguel expressou preocupação com possíveis ataques e alertou para a possibilidade de sequestro.
A família de Miguel, que mantinha contato constante com ele, desde que perdeu a comunicação, exige respostas das autoridades israelenses sobre o paradeiro do cineasta. Em nota pública, os familiares denunciaram o desaparecimento como um crime e exigiram que o governo israelense informe imediatamente o paradeiro de Miguel e de outros membros da delegação brasileira.
Fontes: Terra; Diário do Estado Goiás; TVT.
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