Na sequência da estreia da série “Tremembé”, do Prime Video, o ex-detento Cristian Cravinhos fez uma manifestação pública declarando que a produção contém grandes distorções de sua história. “Bora, galera. Muita mentira”, postou ele em sua conta no Instagram.
A série, que estreou no dia 31 de outubro de 2025 e retrata o cotidiano da penitenciária masculina e feminina de Tremembé — apelidada de “presídio dos famosos” devido ao número de condenados de alta repercussão ali cumprindo pena —, aborda casos como o de Suzane von Richthofen, dos irmãos Cravinhos, Elize Matsunaga, Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, entre outros.
No enredo, o personagem que representa Cristian (interpretado por Kelner Macêdo) aparece envolvido numa suposta relação amorosa com outro detento e também mostra a dinâmica de cumplicidade entre ele e o irmão Daniel Cravinhos no ambiente prisional. A narrativa propõe uma releitura ficcional desses episódios, misturando relatos reais e elementos dramatizados.
Cristian, condenado em 2006 a 38 anos de prisão pelos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen e autorizado a regime aberto em março de 2025, acusou a obra de não corresponder à realidade que ele vivenciou — especialmente no que se refere a episódios pessoais e íntimos retratados na série.
Embora “Tremembé” tenha como base livros e reportagens (do jornalista Ullisses Campbell) e afirme seguir parâmetros judiciais e documentais para a adaptação, a reação de um dos personagens reais retratados evidencia os riscos de produzir narrativas dramatizadas sobre casos vivos, com possíveis contradições entre fatos, memórias e versões ficcionais.
Para o leitor do blog: a repercussão traz duas vertentes importantes para reflexão — de um lado, o entretenimento que surge ao revisitar crimes de repercussão nacional; de outro, as consequências éticas e emocionais para as pessoas envolvidas, seja diretamente ou indiretamente.
Fontes: FolhaPress, Tribuna Online, NaTelinha, Metrópoles.
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