Os Estados Unidos anunciaram o envio do USS Gerald R. Ford, o maior e mais avançado porta-aviões nuclear do mundo, para o Mar do Caribe. Esta movimentação faz parte de uma estratégia ampliada para combater o narcotráfico e aumentar a pressão sobre o governo venezuelano de Nicolás Maduro. A operação inclui também a presença de dezenas de aeronaves de combate, como F-35, e navios de guerra, elevando significativamente a presença militar dos EUA na região.
O Pentágono afirmou que a missão visa "detectar, monitorar e desmantelar" atividades ilícitas que ameacem a segurança nacional dos EUA. Desde setembro, as forças americanas realizaram ataques navais que resultaram na morte de pelo menos 43 pessoas, incluindo membros do grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua. O governo Trump classifica essas organizações como "terroristas", justificando as ações militares com base em um conflito armado não internacional.
Além do USS Gerald R. Ford, a operação conta com a participação de outros navios de guerra, submarinos nucleares e aeronaves de combate, como os jatos F-35 e os bombardeiros B-52. Estima-se que cerca de 10.000 militares estejam envolvidos diretamente na operação, que também inclui drones de vigilância e forças especiais.
A escalada militar dos EUA ocorre em um contexto de tensões crescentes com a Venezuela e a Colômbia. O presidente venezuelano Nicolás Maduro criticou as ações americanas, acusando-os de buscar uma mudança de regime, e alertou para possíveis insurreições internas caso haja intervenção militar. Por sua vez, o presidente colombiano Gustavo Petro foi sancionado pelos EUA sob acusações de envolvimento com o narcotráfico, o que agravou ainda mais as relações regionais.
Especialistas observam que, embora a presença militar aumentada seja significativa, uma invasão em larga escala da Venezuela é considerada improvável devido à necessidade de um contingente muito maior. No entanto, as ações atuais indicam uma intensificação das operações militares e de inteligência na região.
Fontes: Reuters, The Guardian, CNN Brasil.
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