Em audiência no Senado dos Estados Unidos, o representante de Comércio norte-americano, Jamieson Greer, declarou que o Brasil é “mais um competidor no agronegócio do que um aliado”. Segundo ele, as tarifas recentemente impostas a produtos brasileiros se justificariam, em parte, por supostas violações de direitos humanos e restrições à liberdade de expressão, bem como por uma alegada perseguição a empresas de tecnologia dos EUA. Ele, contudo, afirmou que não pode confirmar que as medidas tarifárias tenham relação direta com processos judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Greer também explicou que, apesar da pressão no comércio bilateral, não há planos de zerar tarifas sobre produtos de nenhum país no momento — inclusive com a declaração de que novas negociações podem ser realizadas, mas mantendo a atual política protecionista.
O anúncio reacende preocupações para o setor agropecuário brasileiro, já duramente afetado pelas sobretaxas americanas, com queda recente nas exportações ao país e impacto direto na competitividade de produtos como carne, café, suco, entre outros. Esses efeitos reforçam o temor de que o Brasil esteja sendo tratado pelos EUA não como parceiro comercial, mas como concorrente estratégico global.
Fontes: Terra, TNOnline, Reuters — reportagem sobre declarações de Jamieson Greer.
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