A ex‑juíza federal Luciana Bauer afirmou ter sido fisicamente agredida por Sergio Moro, enquanto ele comandava a 13ª Vara Federal de Curitiba, e denunciou a existência de uma estrutura de “máfia na justiça” que teria perseguido magistrados que tentavam apontar irregularidades. Segundo Bauer, a agressão ocorreu dentro de um elevador reservado a juízes, onde Moro a agarrou pelo pescoço e ordenou que permanecesse em silêncio.
Bauer conta que, no momento em que precisou relatar o episódio — e também denunciar supostas práticas de ocultação de habeas corpus e manipulação de processos —, não encontrou apoio ou solidariedade dentro da magistratura. “Ninguém ia acreditar”, afirmou, descrevendo o isolamento institucional sentido na época. A juíza enfatizou que preferiu se afastar da magistratura e hoje vive nos Estados Unidos, enquanto tenta reconstruir sua vida profissional como advogada.
Em sua entrevista, ela disse que os abusos não se limitam a ela: segundo ela, haveria uma lógica de opressão e intimidação na Vara da Lava Jato e no tribunal conectado a ela, com apagamento de documentos e retaliações a quem questionava procedimentos. A reabertura de investigações nesse foro, segundo ela, representa uma “fresta de luz” para que casos antes silenciados possam vir à tona.
Para Bauer, a falta de solidariedade dos colegas demonstra o grau de pressão institucional e o medo de retaliação — algo que, segundo ela, ainda prevalece no Judiciário. Mesmo longe da magistratura, ela declara estar comprometida em dar voz a quem, como ela, se sentiu sufocado pelo sistema.
Fontes
JB Jurídico; Brasil 247; A Democracia; Minas1.
Comentários








