O Flamengo oficializou nesta segunda‑feira (8 de dezembro de 2025) um pedido formal à CBF para a eliminação gradual dos campos com grama sintética no futebol brasileiro. A proposta foi apresentada como parte de seu “Programa de Avaliação e Monitoramento da Qualidade de Gramados do Futebol Brasileiro”, com o objetivo de padronizar os campos e elevar o padrão do futebol nacional.

No documento, o clube argumenta que gramados artificiais não oferecem condições adequadas para um jogo de alto rendimento. O clube aponta que, nas principais ligas da Europa e América do Sul — onde estão concorrentes regulares e campeões mundiais — o uso de grama sintética é proibido. Ainda segundo o Flamengo, não há evidência de jo‑ gos de primeira divisão disputados em turf artificial nas principais ligas internacionais em 2025.

Entre os argumentos usados, o Flamengo destaca também estudos que indicam maior risco de lesões quando o piso é artificial, além de apontar que alguns jogadores vêm se recusando a atuar em campos sintéticos. A proposta inclui um plano de transição: para clubes da Série A, a retirada completa do sintético ficaria para até o fim de 2027; para a Série B, até o fim de 2028. Durante o período de adaptação, o clube sugere que haja exigência de um padrão mínimo de qualidade para gramados, sejam eles naturais ou artificiais.

Além de propor o fim do plástico, o clube pede que os gramados naturais sigam normas técnicas inspiradas nas usadas pela FIFA e pela UEFA, com exigências para drenagem, irrigação, manutenção, nível da grama, altura e densidade, dentre outros critérios, para garantir uniformidade na qualidade dos campos no Brasil.

Agora, o Flamengo espera a formalização de um grupo de trabalho da CBF que analise as propostas antes das competições da temporada 2026.

Fontes: Gazeta Esportiva, ESPN Brasil, ge.globo.com, site oficial do Flamengo.