O Hamas solicitou nesta sexta-feira (17) que os mediadores internacionais — Egito, Catar, Turquia e Estados Unidos — intensifiquem a pressão sobre Israel para garantir o cumprimento das cláusulas restantes do acordo de cessar-fogo que pôs fim a dois anos de conflito em Gaza. O grupo palestino destacou a necessidade de ações concretas, como a abertura total da passagem de Rafah, a entrada de ajuda humanitária em volumes adequados e o início imediato da reconstrução da Faixa de Gaza. Além disso, o Hamas enfatizou a urgência na formação do Comitê de Apoio Comunitário, composto por tecnocratas independentes, para administrar a região pós-conflito.
Apesar do cessar-fogo ter sido acordado, as tensões persistem devido a acusações mútuas de violações. Israel afirma que o Hamas ainda não entregou todos os corpos dos reféns mortos, enquanto o grupo palestino alega dificuldades logísticas e acusa Israel de não cumprir sua parte no acordo. O Hamas também expressou a intenção de manter o controle de segurança sobre Gaza durante uma fase de transição de três a cinco anos e afirmou que a desmilitarização só ocorrerá após um consenso palestino e garantias claras sobre a governança da região.
O plano de paz proposto prevê uma retirada completa das forças israelenses de Gaza, a destruição das infraestruturas militares do Hamas e a implementação de um processo de reconstrução supervisionado por uma comissão internacional. No entanto, a falta de consenso sobre questões-chave, como o desarmamento e a administração futura de Gaza, continua a ser um obstáculo significativo para a implementação plena do acordo.
Fontes: Reuters, Jovem Pan, Metrópoles, Terra
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