Durante a reta final da COP30 em Belém (PA), um incêndio abalou o clima das negociações climáticas, reforçando a urgência por um pacto global mais firme para o combate às mudanças climáticas.
Na tarde de quinta-feira, um fogo começou na chamada Zona Azul — área central de negociações da conferência —, obrigando a evacuação total do local. O incêndio foi controlado em poucos minutos, mas ocorreu exatamente quando delegados trabalhavam em documentos decisivos para o futuro das ações climáticas. Não houve feridos graves, apenas pessoas atendidas por inalação de fumaça.
As primeiras investigações indicam que o incêndio pode ter começado após uma falha elétrica, possivelmente ligada a um micro-ondas. Também havia críticas à infraestrutura, já que partes do local ainda estavam em construção, o que contribuiu para a propagação das chamas.
O incidente interrompeu reuniões importantes em um momento-chave da conferência. Estavam em debate temas como financiamento climático, transição dos combustíveis fósseis e novas diretrizes globais para aumentar a ambição climática. A interrupção pode afetar o texto final das decisões.
Após avaliação da segurança, a Zona Azul foi reaberta e as reuniões retomadas na manhã seguinte. A organização reconheceu que o cronograma deve ser estendido para permitir avanços concretos após o atraso causado pelo incêndio.
Simbolismo marcante: um incêndio em uma conferência dedicada ao clima reforça a percepção de vulnerabilidade das próprias estruturas de negociação.
Pressão por resultados imediatos: com temas sensíveis em jogo, o tempo perdido aumenta a dificuldade de se chegar a acordos ambiciosos.
Exposição de fragilidades: o episódio revelou problemas estruturais que podem comprometer a eficácia das conferências internacionais.
Fontes:
Agência Brasil; EFE; AP News; Euronews; India Today; Reuters; Politico.
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