O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, registrou alta de 0,43% em abril, conforme divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o índice foi de 0,57%, e consolida o segundo mês consecutivo de redução no ritmo inflacionário.
De acordo com o IBGE, a desaceleração foi puxada principalmente pela queda nos preços dos alimentos e medicamentos. O grupo “Alimentação e bebidas” apresentou variação de 0,18%, influenciado pela queda nos preços de itens como feijão-carioca, frutas e óleo de soja. Já o grupo “Saúde e cuidados pessoais” registrou impacto menor do que o esperado, mesmo com o recente reajuste autorizado nos preços de medicamentos.
A inflação acumulada em 12 meses agora é de 3,69%, ficando abaixo do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,75% para 2025, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Economistas avaliam que o resultado de abril reforça o cenário de estabilidade inflacionária no curto prazo, o que pode influenciar decisões futuras do Banco Central sobre a taxa Selic. “A leitura do IPCA veio em linha com as expectativas do mercado e contribui para um ambiente mais favorável à redução gradual dos juros”, afirmou Ana Carvalho, analista da XP Investimentos.
Apesar do alívio, especialistas alertam que o cenário ainda requer cautela. Pressões nos preços de serviços e possíveis choques climáticos no setor agrícola são fatores que podem impactar os próximos meses.
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