A Justiça de Goiás determinou que o Frigorífico Goiás retire imediatamente o cartaz que exibia a frase "Petista aqui não é bem-vindo" em sua loja e nas redes sociais. A decisão foi tomada após ação civil pública movida pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), que considerou a mensagem discriminatória e violadora dos direitos dos consumidores com base em sua convicção político-partidária.
O cartaz, que acompanhava uma promoção de filé mignon, gerou polêmica e foi denunciado pelo deputado estadual Mauro Rubem (PT-GO). O MPGO argumentou que a prática estabelecia tratamento diferenciado, hostil e excludente a consumidores com base em sua convicção político-partidária, configurando discriminação indireta. A decisão judicial determinou que o frigorífico retire qualquer comunicação com conteúdo discriminatório no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, limitada a R$ 100 mil, além da possibilidade de responsabilização criminal por desobediência.
Em resposta à decisão, o CEO do Frigorífico Goiás, Leandro Batista, publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que "petistas não estão proibidos de entrar na loja", mas que "não são bem-vindos". Posteriormente, o estabelecimento substituiu o cartaz por outro com a frase "Ladrão aqui não é bem-vindo. E quem apoia ladrão também não", mantendo o tom polêmico e a discriminação velada. O MPGO considera que a nova mensagem também configura prática discriminatória e está tomando as medidas legais cabíveis.
Além disso, o frigorífico já esteve envolvido em outras polêmicas de cunho político, como a promoção de picanha com a imagem de Donald Trump e Jair Bolsonaro, e a venda de carne a preços promocionais para clientes usando camisetas da seleção brasileira, ações que resultaram em investigações por propaganda eleitoral irregular.
Fontes: Metrópoles, O Tempo, Brasil 247, Diário de Goiás.
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