Na manhã de quinta-feira (18), uma ação criminosa chocou o Hospital Municipal Pedro II, localizado na zona oeste do Rio de Janeiro. Um criminoso armado, identificado como Erlan Oliveira de Araújo, conhecido como "Orelha", invadiu a unidade de saúde após informar ao porteiro que entraria "de qualquer jeito" para "terminar um serviço". Seu alvo era Lucas Fernandes de Souza, de 31 anos, que havia sobrevivido a uma tentativa de homicídio horas antes. O invasor usava colete da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e estava vinculado a uma milícia local. Ele foi encontrado morto na sexta-feira (19).
A invasão envolveu seis homens armados. Dois criminosos permaneceram do lado de fora, com fuzis, dando cobertura, enquanto outros quatro entraram pelo estacionamento. Vestidos com casacos pretos e usando luvas médicas, eles subiram as escadas do hospital em busca de Lucas. O paciente já havia sido transferido para a enfermaria, mas os criminosos chegaram a circular pelo centro cirúrgico, onde havia oito mulheres em trabalho de parto. O hospital, que atende em média 470 pacientes por dia, ficou em alerta. Profissionais de saúde relataram medo e sensação de vulnerabilidade. Após o crime, Lucas foi transferido para outra unidade.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que, neste ano, unidades do Rio tiveram que interromper o atendimento mais de 500 vezes devido a episódios de violência, como tiroteios, invasões e operações policiais. Já a Secretaria de Segurança do estado afirmou que vai verificar a procedência dos dados. O secretário de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que "não pode naturalizar" tais ocorrências na cidade. Profissionais de saúde, apesar do medo, continuam trabalhando sob ameaça constante.
Fontes:
G1, O Globo, Fantástico, GloboNews.
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