O Ministério Público de Contas de São Paulo (MPC-SP) alertou meses antes da liquidação do Banco Master, chamando a atenção para o risco assumido por diversos municípios ao aplicar recursos de seus regimes próprios de previdência em títulos da instituição financeira.
Em abril de 2025, a 1ª Procuradoria do MPC-SP identificou que ao menos cinco municípios — Araras, Cajamar, Santo Antônio da Posse, São Roque e Santa Rita d’Oeste — tinham aplicações significativas em letras financeiras do Banco Master, mesmo diante de sinais de fragilidade da instituição. O órgão recomendou que o Tribunal de Contas do Estado fiscalizasse a exposição dos fundos e cobrasse justificativas dos gestores responsáveis.
As aplicações variavam de alguns milhões a quase R$ 100 milhões, representando parcelas consideráveis das carteiras previdenciárias municipais. O procurador responsável alertou que um possível colapso financeiro do banco poderia comprometer seriamente o patrimônio dos fundos, classificando a situação como de “alto risco de perda”.
O alerta ganha peso diante da posterior liquidação do Banco Master pelo Banco Central, que afetou diretamente a liquidez dos investimentos e elevou as preocupações sobre o impacto nas finanças dos regimes de previdência dos municípios paulistas.
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