A espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode ser fatal, como demonstrou o triste caso de uma mulher de 55 anos que faleceu no município de Parnamirim, na região metropolitana de Natal, Rio Grande do Norte. A vítima estava internada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e aguardava há quatro dias por uma vaga em uma UTI.
O caso, que gerou revolta e preocupação na população, destaca a crise de saúde pública que o estado enfrenta em relação à superlotação dos hospitais e à escassez de leitos de UTI, algo que tem sido um problema crescente em várias regiões do país. As condições de infraestrutura e a alta demanda por atendimento médico especializado têm colocado em risco a vida de muitos pacientes.
A mulher, cujo nome ainda não foi divulgado, teve seu quadro de saúde agravado enquanto aguardava a transferência para um leito de UTI. Infelizmente, o atendimento adequado não chegou a tempo, e ela não resistiu. A situação gerou grande indignação entre os familiares e amigos da vítima, que acusam a demora e a falta de vagas nos hospitais públicos de serem fatores determinantes para a tragédia.
O caso está sendo investigado pelas autoridades, que tentam apurar as causas do falecimento e os responsáveis pela demora na transferência da paciente. A Secretaria Estadual de Saúde (SESAP) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
A falta de leitos de UTI não é um problema isolado do Rio Grande do Norte. Em diversos estados, os hospitais públicos enfrentam dificuldades para atender a demanda crescente, seja por falta de recursos, seja pela alta taxa de ocupação das unidades intensivas. A situação tem se agravado com o aumento de casos de doenças respiratórias e o impacto pós-pandemia, tornando urgente a necessidade de reformas e investimentos no sistema de saúde pública.
O incidente em Parnamirim serve de alerta para a importância de políticas públicas eficientes que garantam a oferta de serviços médicos adequados para todos, sem que as vidas dos cidadãos dependam de uma vaga que muitas vezes não chega a tempo.
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