A mãe do garoto brasileiro de 9 anos, que teve dois dedos decepados por colegas na Escola Básica de Fonte Coberta, em Cinfães (Portugal), abandonou sua casa após sofrer hostilidades da comunidade escolar. De acordo com advogadas que acompanham o caso, ela foi alvo de repreensões em grupos de WhatsApp de outras mães e, pressionada, mudou-se para a casa dos pais do marido. Além disso, perdeu o emprego. A família conta com apoio de uma rede de solidariedade formada por 24 advogadas para dar suporte jurídico, psicológico e financeiro.
A agressão ocorreu quando o menino foi ao banheiro e teve a mão prensada na porta por dois colegas, o que resultou na amputação das pontas dos dedos. A mãe relatou que a escola minimizou o episódio, dizendo que teria sido apenas uma “brincadeira”, e lamentou que pedaços dos dedos teriam sido descartados. O menino passou por cirurgia, mas não foi possível reimplantar os dedos completamente.
Além do trauma físico, a família enfrenta tensão social: a mãe afirmou ter medo de represálias por viver em uma cidade pequena, onde “as pessoas se conhecem”, e teme que eventuais inimizades se agravem. Enquanto isso, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência de Portugal abriu investigação para apurar o caso, e o coletivo de advogadas planeja ações nas esferas civil, administrativa e criminal.
Fontes:
Correio do Povo; A Crítica de Campo Grande; Portugal Pulse.
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