O Banco Central lançou uma atualização importante no mecanismo de segurança do Pix: o MED 2.0, uma nova versão do sistema de devolução criado para ajudar usuários a recuperar valores perdidos em golpes, fraudes ou transferências feitas sob coerção.

A principal novidade é que o novo sistema consegue rastrear todo o caminho percorrido pelo dinheiro, mesmo quando os golpistas transferem rapidamente os valores para várias contas intermediárias. Com isso, aumenta a chance de identificar as contas usadas no crime e bloquear parte ou todo o valor antes que ele desapareça.

O MED 2.0 também melhora a comunicação entre os bancos, permitindo que as instituições financeiras envolvidas na transação troquem informações automaticamente, acelerando a investigação. Quando a vítima registra a contestação, a devolução pode ocorrer em até 11 dias, caso seja confirmada a fraude.

O recurso começou a ser liberado de forma opcional para os bancos em 23 de novembro de 2025. A partir de 2 de fevereiro de 2026, todas as instituições financeiras deverão adotar o sistema de forma obrigatória.

Para facilitar os pedidos de contestação, o Pix já possui, desde outubro, um botão específico nos aplicativos bancários que permite ao usuário relatar suspeitas sem depender de atendimento telefônico. Depois disso, os bancos têm até sete dias para analisar a solicitação.

O Banco Central acredita que o novo mecanismo vai reduzir a atuação de criminosos, já que contas usadas para golpes poderão ser rastreadas com mais facilidade e bloqueadas com mais rapidez.

Fontes:
Agência Brasil
R7
Folha Vitória
Diário do Povo
CSN1
SBT News