A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em conjunto com o Ministério Público do Estado (MPRJ), deflagrou a Operação Blasfêmia para desmantelar uma organização criminosa que aplicava golpes por meio de telemarketing religioso. O grupo, liderado por Luiz Henrique dos Santos Ferreira, conhecido como "Profeta Henrique Santini", prometia milagres e curas em troca de doações financeiras, movimentando cerca de R$ 3,3 milhões nos últimos dois anos.
A quadrilha operava a partir de call centers em Niterói e São Gonçalo, com atendentes que se passavam pelo líder religioso durante conversas via WhatsApp. Utilizando áudios gravados, induziam os fiéis a fazer transferências via PIX, com valores entre R$ 20 e R$ 1.500, conforme o tipo de oração oferecida.
O MPRJ denunciou 23 pessoas envolvidas no esquema, incluindo o líder, pelos crimes de estelionato, charlatanismo, curandeirismo, associação criminosa, falsa identidade, crime contra a economia popular, corrupção de menores e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 29 anos de prisão. A Justiça determinou uso de tornozeleira eletrônica, bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens de Santini.
Com mais de 8 milhões de seguidores nas redes sociais, Santini divulgava vídeos e números de contato, fazendo com que fiéis acreditassem receber bênçãos diretamente dele, enquanto as conversas eram pré-gravadas para induzir doações financeiras via PIX. A operação segue em andamento para identificar novas vítimas e envolvidos.
Fontes:
CNN Brasil, Terra, Polícia Civil do RJ, Veja.
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