A Polícia Científica de São Paulo passou a utilizar um comparador espectral de vídeo, equipamento desenvolvido para identificar cédulas falsas, para inspecionar garrafas suspeitas de conter bebidas adulteradas com metanol. A tecnologia amplia e detalha elementos gráficos de rótulos, tampas e lacres, facilitando a identificação de alterações que indicam falsificação.
Após a triagem visual, as amostras são enviadas ao Núcleo de Química para exames laboratoriais com cromatógrafos e espectrômetros de massa, essenciais para identificar e quantificar substâncias tóxicas como o metanol, responsável por intoxicações graves e mortes.
Até o momento, São Paulo registrou cinco mortes confirmadas por metanol, e o Ministério da Saúde contabilizou 259 notificações no Brasil, com 24 casos confirmados, sendo 20 em São Paulo, três no Paraná e um no Rio Grande do Sul. Outras 235 notificações seguem em investigação.
Desde o início das apurações, mais de 50 mil garrafas adulteradas foram recolhidas e 41 pessoas presas. Operações recentes no interior paulista resultaram na apreensão de mais de 7 mil unidades de bebidas suspeitas, incluindo rótulos, tampas e lacres.
O uso dessa tecnologia demonstra a adaptação da polícia, empregando equipamentos originalmente destinados a outras funções para combater crimes emergentes.
Fontes: Brasil 247.
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