As autoridades da Polônia anunciaram a detenção de um terceiro suspeito no caso de sabotagem contra uma importante linha férrea do país, incidente que segundo o governo teria ligação com serviços de inteligência da Rússia. O novo acusado é o ucraniano Volodymyr B., de 39 anos. Ele foi preso em 20 de novembro de 2025 pela polícia polonesa, depois de uma investigação conjunta entre promotores e agentes da agência de investigação central.
Segundo o processo, Volodymyr B. teria prestado auxílio logístico aos autores diretos da sabotagem — identificados como Oleksandr K. e Yevhenii I. — transportando um deles até a área onde seriam instalados explosivos, permitindo reconhecimento prévio, escolha do local e até a colocação de dispositivos sobre os trilhos. Tais atos são vistos como preparativos de sabotagem de natureza terrorista. A corte responsável decretou prisão preventiva de três meses para o suspeito.
Os eventos vieram à tona após explosões em 15 e 16 de novembro na linha férrea número 7, entre as localidades de Mika (Mazóvia) e Gołąb (na região de Lublin), rota estratégica usada para transporte de ajuda à Ucrânia. Apesar dos danos nos trilhos, não houve mortes nem feridos. O primeiro-ministro polonês Donald Tusk qualificou o episódio como “ato de sabotagem sem precedentes”, atribuindo a responsabilidade à inteligência russa e anunciando que a investigação continua em busca de todos os envolvidos.
Além da detenção de Volodymyr B., já havia mandados de prisão e acusações formais contra Oleksandr K. e Yevhenii I., que se acredita terem fugido para Belarus. A Polônia também anunciou o fechamento de seu último consulado russo no país, como parte da resposta diplomática ao ataque.
Contexto adicional
A sabotagem se soma a uma série de atos contra infraestrutura estratégica na Europa desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Autoridades polonesas têm reforçado a segurança de ferrovias e outras estruturas críticas, e descrevem este ataque como parte de uma campanha de “terrorismo de estado” destinada a desestabilizar países aliados da Ucrânia.
Fontes: Reuters, Polskie Radio, Ukrinform, The Associated Press, Euronews.
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