Em Nuuk, capital da Groenlândia, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, pediu desculpas em nome do Estado às mulheres e meninas inuítes que foram submetidas a contracepção forçada entre as décadas de 1960 e 1990. Cerca de 4.500 mulheres e meninas, algumas com apenas 12 anos, tiveram dispositivos intrauterinos (DIUs) inseridos sem consentimento, como parte de uma política colonial para controlar o crescimento populacional indígena.
A campanha, conhecida como "Caso do DIU", ocorreu antes de a Groenlândia assumir o controle do sistema de saúde em 1991. As vítimas relataram traumas físicos e psicológicos duradouros, incluindo infertilidade e complicações médicas.
Além do pedido de desculpas, o governo dinamarquês criou um "Fundo de Reconciliação" para compensar as vítimas. A ministra da Justiça da Groenlândia, Naaja H. Nathanielsen, alertou para o risco de que a ação pareça calculada devido ao seu timing próximo à visita da primeira-ministra. A psicóloga e ativista Naja Lyberth, vítima da campanha, participou da cerimônia e enfatizou que a luta por justiça continua.
Fontes:
AP News, Reuters, Washington Post, The Guardian.
Comentários
Ultimas notícias
