Na manhã de terça-feira, 28 de outubro de 2025, durante a ação das forças de segurança nos Complexo do Alemão e Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi morta uma mulher identificada como Penélope — também conhecida como “Japinha” ou “musa do crime”. Segundo a polícia, ela atuava como combatente da facção Comando Vermelho (CV) e era considerada figura de confiança dos líderes locais.
De acordo com as investigações, Penélope morreu após ser atingida por um disparo de fuzil no rosto — o impacto teria esfacelado parte de sua cabeça, conforme laudos iniciais. Seu corpo foi localizado próximo a um dos acessos principais de uma das comunidades envolvidas no confronto.
Na operação, que mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias civil, militar e unidades especiais, o número de mortos ultrapassou os cem — tratava-se da operação mais letal da história do estado do Rio.
Quem era Penélope
Penélope era apontada como integrante de linha de frente do CV. Segundo as apurações:
atuava na proteção de rotas de fuga da facção e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas.
era vista em redes sociais portando armas, usando roupas camufladas e colete tático com compartimentos para carregadores de fuzil — o que reforça sua condição de “soldada” ativa.
nas redes sociais, recebeu o apelido de “musa do crime” por ostentar armas em poses provocantes, o que rendeu visibilidade dentro e fora do meio criminoso.
O momento da ação
Durante o avanço policial no complexo, forças de segurança foram recebidas a tiros. O confronto se estendeu por horas, em meio a uso de blindados, helicópteros e bloqueios de ruas. Penélope teria resistido à abordagem policial — segundo relato oficial — e disparado contra agentes, sendo então atingida fatalmente.
Seu corpo foi achado em local de dificuldade de acesso, numa das vias de circulação da comunidade, vestida com vestes de camuflagem e com colete tático. O disparo de fuzil que a atingiu no rosto foi identificado pelas perícias iniciais.
Contexto e impacto
A morte de Penélope insere-se no cerne de uma operação de grande escala, cujo alvo era justamente desarticular o poder territorial do Comando Vermelho. Autoridades referem-se à ação como “necessária” diante da escalada de poder militar da facção, mas o alto número de vítimas — incluindo civis e agentes — acendeu debates sobre os métodos utilizados.
A presença de mulheres em papel ativo nas facções, como Penélope, revela a evolução das estruturas hierárquicas do crime organizado, que hoje expandem as funções tradicionais de tráfico, para logística, inteligência, rotas de fuga e propaganda.
Considerações finais
Penélope, a “Japinha”, simbolizava uma combinação de visibilidade midiática e atuação operacional no mundo do tráfico. Sua morte marca tanto um golpe simbólico à facção — pela perda de um nome destacado — quanto evidencia desafios persistentes do Estado no enfrentamento de redes criminosas organizadas.
A apuração segue em curso, para mapear os demais atores da facção, rotas de fuga ainda ativas e responsabilidades no choque que deixou marcas na comunidade e no aparato de segurança.
Fonte: Correio 24 Horas; O Liberal; BNews; Imprensa Pública; Itatiaia.
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