A CBF divulgou recentemente os áudios de diálogos internos entre o árbitro de campo Ramon Abatti Abel e o árbitro de vídeo Ilbert Estevam da Silva durante o clássico São Paulo × Palmeiras, válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A medida ocorreu após autorização da Fifa, já que os lances em questão não passaram por revisão via monitor.
O jogo terminou com vitória do Palmeiras por 3 a 2, de virada. Durante a partida, foram questionados diversos lances polêmicos por parte da torcida e da direção do São Paulo. A liberação dos áudios reacendeu o debate nas redes sociais e dividiu opiniões.
O lance central: Allan x Tapia
No lance mais polêmico, Allan teria derrubado Tapia dentro da área, o que motivava a cobrança de pênalti pelos são-paulinos. Nos diálogos divulgados, Ramon Abatti afirma:
“Escorregou, escorregou, o jogador escorrega, e os dois estão olhando para bola! Pode seguir! Não tem nenhum tipo de entrada aqui.”
Do lado do VAR, a avaliação concordou com o árbitro de campo:
“É uma bola saindo da área… o contato é acidental, provocado pelo escorregão.”
A justificativa principal repousa na tese de que Allan teria perdido o equilíbrio antes da disputa, configurando um “escorregão acidental” e não uma infração passível de pênalti.
Demais lances analisados
Além do lance de Tapia, os áudios revelam discussões sobre outros episódios que desagradaram os torcedores do São Paulo:
Andreas Pereira x Marcos Antônio: Ramon apontou que Andreas “pisou na bola” antes do contato, decidindo apenas pelo cartão amarelo.
Pisão de Gustavo Gómez em Tapia: o árbitro admitiu que houve pisão, mas considerou que foi “sem intenção” e também manteve a decisão original.
Braço de Gómez sobre Tapia: em uma disputa em que o braço de Gómez atingiu o rosto de Tapia, o VAR concluiu que foi um movimento natural ao levantar-se, sem gesto agressivo.
Em todos os casos, os diálogos evidenciam que o VAR sustentou as decisões tomadas em campo, sem recomendar que Abatti conferisse os lances no monitor.
Consequências e reações
Em resposta à polêmica, a CBF determinou que Ramon Abatti Abel e Ilbert Estevam passassem por reciclagem, treinamento e avaliação interna antes de retornarem à arbitragem ativa.
O anúncio da liberação dos áudios gerou reações intensas entre torcedores nas redes sociais, muitos manifestando surpresa e indignação com as justificativas apresentadas nos diálogos.
Fontes: Lance, ge, CNN Brasil, Veja
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