Em meio a um clima de esperança e apreensão, milhares de israelenses se reuniram nesta sexta-feira, 10 de outubro de 2025, na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, para orações coletivas após a aprovação pelo governo israelense de um cessar-fogo com o Hamas. A medida visa encerrar dois anos de conflito que resultaram em mais de 67 mil mortes. A trégua foi mediada por uma proposta de paz do presidente dos EUA, Donald Trump, e inclui a liberação de todos os reféns mantidos pelo Hamas e cerca de 2.000 prisioneiros palestinos detidos por Israel.
Na Praça dos Reféns, homens vestidos com talit (xales de oração) dançaram e balançaram os quatro símbolos tradicionais do feriado judaico de Sucot — lulav, etrog, hadass e aravá — enquanto entoavam o Hallel, uma coleção de salmos recitados em festas judaicas. As orações ocorreram no terceiro dia intermediário de Sucot, um momento de celebração e reflexão para o povo judeu.
O cessar-fogo entrou em vigor ao meio-dia, horário local, e foi confirmado pelo Exército de Defesa de Israel (IDF). As forças militares israelenses começaram a se retirar de partes da Faixa de Gaza, enquanto o Hamas se comprometeu a liberar 48 reféns israelenses — 20 vivos e 28 mortos — dentro de 72 horas. Em troca, Israel libertará cerca de 2.000 prisioneiros palestinos.
A trégua também permitirá a entrada de ajuda humanitária em Gaza, onde uma crise de fome foi declarada em agosto. A ONU e organizações humanitárias estão se preparando para enviar até 600 caminhões de suprimentos diariamente. No entanto, questões fundamentais, como o desarmamento do Hamas e a governança futura de Gaza, ainda precisam ser resolvidas. O presidente Trump está previsto para comparecer à cerimônia de assinatura do acordo no Egito, destacando o papel dos EUA na mediação da paz.
Enquanto isso, em Gaza, milhares de palestinos começaram a retornar ao norte da região, onde suas casas foram destruídas, após a implementação do cessar-fogo. A situação continua tensa, com desafios significativos pela frente, mas a trégua oferece uma luz de esperança para um futuro mais pacífico.
Fontes: The Guardian, Financial Times, CBS News, The Times, Africanews
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