Sete líderes do Comando Vermelho foram removidos nesta semana de Bangu 1 (Complexo de Gericinó, Rio de Janeiro) para presídios federais de segurança máxima. A operação — autorizada pela Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e executada com escolta especial — tem o objetivo declarado de isolar a cúpula da facção, romper canais de comando e reduzir a capacidade operacional do grupo dentro do sistema prisional estadual. As penas combinadas dos sete somam, conforme comunicados oficiais, 428 anos, 6 meses e 21 dias.
A transferência segue precedentes legais previstos na Lei nº 11.671/2008, que permite a inclusão de presos de alta periculosidade no sistema penitenciário federal quando há risco à ordem pública, à segurança ou quando se busca impedir a manutenção do comando criminoso a partir das prisões estaduais. O pedido partiu do governo fluminense após uma grande operação policial nas comunidades da Penha e do Complexo do Alemão, que resultou em numerosas prisões e mortes, segundo as autoridades.
Fontes oficiais e reportagens indicam que, ao longo de 2025, o Rio já solicitou e obteve inclusão de presos no sistema federal em diversas ocasiões — a Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) confirmou que houve entradas de detentos do RJ no sistema penitenciário federal neste ano. Algumas reportagens locais também informaram que o governo estadual chegou a requisitar novas vagas federais para abrigar líderes da facção.
No entanto, não há evidência pública, atualizada e consolidada que confirme a afirmação de que o Rio de Janeiro passou a ser o estado com o maior número de detentos em presídios federais em razão dessas transferências. Dados públicos mais recentes do levantamento penitenciário e de sistemas federais mostram a distribuição de presos por unidade prisional (por exemplo: unidades federais com grandes contingentes em Mato Grosso do Sul, Rondônia e outros estados), mas a documentação disponível até agora não apresenta um ranking estadual consolidado que atribua ao RJ a liderança nacional nas vagas federais após este movimento específico. Em outras palavras: as transferências aumentam a participação de detentos do Rio no sistema federal, mas não encontramos fontes oficiais que confirmem que o RJ passou a ser o estado com mais presos em penitenciárias federais.
Por que essa distinção importa
estatísticas de presos em unidades federais são compiladas por sistema e por unidade (cada presídio federal), nem sempre por estado; interpretar “mais detentos em presídios federais” exige cuidado metodológico;
a transferência de figuras de destaque tem impacto simbólico e prático (dificulta comando remoto), mas não necessariamente muda, de imediato, o ranking agregado por estado;
verificações e cruzamentos com bases oficiais (SENAPPEN / DEPEN / Siapen) são necessários para confirmar afirmações de liderança estadual — e esses registros costumam ser atualizados com alguma latência e podem exigir pedidos formais de dados para destrinchar origem estadual dos custodiados.
O que as fontes dizem (síntese)
houve autorização judicial e remoção de sete líderes do Comando Vermelho de Bangu 1 para unidades federais.
o Estado do Rio justificou a medida como necessária para neutralizar a cúpula criminosa após operações intensas nas favelas.
a Senappen e reportagens especializadas confirmam que presos do RJ têm sido incluídos no sistema penitenciário federal em 2025, mas não há um documento público simples que mostre que o RJ agora lidera o ranking estadual de presos federais.
Se quiser, eu posso: 1) cruzar os números oficiais mais recentes do Levantamento de Informações Penitenciárias (SENAPPEN) e do Siapen para produzir um quadro numérico por estado e verificar exatamente quantos custodiados federais são originários do Rio de Janeiro; ou 2) montar uma matéria maior explicando histórico de transferências federais, legislação aplicável e implicações de segurança pública. Diga qual prefere que eu faça na sequência.
Fontes: Agência Brasil; Veja; Exame; Gazeta do Povo; CNN Brasil; SENAPPEN (Ministério da Justiça).
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