Os Estados Unidos suspenderam as sobretaxas adicionais impostas a uma série de exportações do Brasil — como café, carne bovina e frutas — após meses de intensas negociações entre os governos de Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva.
A medida faz parte de um recuo anunciado por Trump em 20 de novembro de 2025, quando ele liberou a importação desses bens sem a sobretaxa de 40 %, que se somava aos 10 % da tarifa base, elevando o custo de importação para até 50 %. A decisão teve efeito retroativo a 13 de novembro, e o governo dos EUA informou que vai reembolsar eventuais tarifas já recolhidas.
Para o Brasil, essa reversão representa um alívio significativo: o vice‑presidente e ministro do Comércio, Geraldo Alckmin, informou que 238 itens foram excluídos da lista de taxas extras — a maior concessão nas negociações até agora. Com a mudança, cerca de 51 % das exportações brasileiras deixam de sofrer sobretaxas; outras exportações passam a pagar apenas a tarifa básica, e uma parcela menor permanece sujeita a restrições setoriais.
O presidente Lula elogiou a decisão norte-americana, classificando-a como resultado do diálogo diplomático e um sinal de respeito. Segundo ele, a retirada das taxas vai beneficiar fortemente o agronegócio nacional e impulsionar as exportações de café, carne e frutas.
Apesar do avanço, nem todas as exportações foram beneficiadas: produtos como peixes, mel, uvas, máquinas, motores e calçados continuam sujeitos a tarifas adicionais. As negociações entre os dois países, segundo autoridades brasileiras, seguem abertas, com o objetivo de ampliar a lista de isenções.
Fontes: Reuters, AP News, Agência Brasil.
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