A recente sequência de ciclones extratropicais que atingiu diferentes regiões do Brasil provocou ventos fortes, chuva volumosa e destruição, reacendendo o debate sobre a influência das mudanças climáticas. Especialistas afirmam que o fenômeno não é novo, mas sua intensidade crescente está diretamente ligada ao aquecimento global.
Cientistas explicam que ciclones extratropicais sempre existiram, porém a combinação de temperaturas oceânicas mais altas, alterações nos ventos de altitude e mudanças no padrão climático do hemisfério sul tem favorecido eventos mais extremos.
Outro ponto citado por climatologistas é a redução do gelo marinho da Antártica. A menor cobertura de gelo, somada à alteração das correntes atmosféricas, estaria deslocando o cinturão de ciclones para mais perto da América do Sul, o que aumenta a chance de episódios severos atingirem o Brasil.
Os especialistas alertam ainda que, diante desse cenário, o país precisa avançar em políticas de adaptação climática. Isso inclui planejamento urbano mais resiliente, fortalecimento da Defesa Civil, sistemas de alerta eficientes e ações para reduzir emissões de gases de efeito estufa.
A conclusão predominante entre pesquisadores é que sim: as mudanças climáticas globais têm intensificado e aumentado a frequência de ciclones extratropicais mais destrutivos no Brasil. Embora a formação desses sistemas seja natural, o clima mais quente potencializa seus efeitos.
Fontes: Estado de Minas; Correio Braziliense; Pesquisa FAPESP; Mercopress; Click Petróleo e Gás.
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