Durante a COP30, realizada em Belém (PA), líderes mundiais destacaram a necessidade crescente de fortalecer a resiliência global diante do aumento de tempestades, enchentes, secas e incêndios. A cúpula deu ênfase à adaptação climática como uma das prioridades da conferência, refletindo a percepção de que as metas de redução de emissões ainda estão longe de serem atingidas.
Relatórios apresentados no evento indicam que países em desenvolvimento precisarão de até US$ 310 bilhões por ano até 2035 para se preparar adequadamente contra eventos climáticos extremos, que se tornam cada vez mais frequentes e intensos.
Entre as ações discutidas, destacou-se a criação da “Declaração de Ação para Gestão Integrada de Incêndios e Resiliência contra Incêndios Florestais”, assinada por mais de 50 países e organizações internacionais. O documento prevê cooperação técnica, monitoramento global e políticas preventivas para conter o avanço das queimadas.
Os principais desafios apontados foram a falta de financiamento suficiente para adaptação — que ainda recebe menos recursos do que ações de mitigação — e a necessidade de capacitação técnica em países vulneráveis. Também foi defendida uma maior integração entre governos locais e nacionais, já que as comunidades são as primeiras a enfrentar os impactos diretos das catástrofes.
O Brasil, como anfitrião da conferência, foi citado como exemplo da urgência em investir em resiliência, especialmente diante das enchentes no Sul, das secas na Amazônia e das queimadas no Cerrado.
Fontes:
Reuters; COP30 Brasil; Agência Brasil; ONU – UNFCCC; FAO.
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