O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (15) a suspensão dos repasses de emendas parlamentares para nove municípios brasileiros, com base em indícios de irregularidades apontadas pela Controladoria-Geral da União (CGU). A decisão abrange cidades que receberam, entre 2020 e 2024, os maiores volumes de recursos de emendas individuais, totalizando mais de R$ 724 milhões. Apenas São Paulo não apresentou irregularidades.
As cidades afetadas são:
Carapicuíba (SP)
Macapá (AP)
São Luiz do Anauá (RR)
São João de Meriti (RJ)
Iracema (RR)
Rio de Janeiro (RJ)
Sena Madureira (AC)
Camaçari (BA)
Coração de Maria (BA)
Entre as irregularidades identificadas estão obras paralisadas, indícios de superfaturamento, desvio de recursos, contratação de empresas sem comprovação técnica e falta de transparência na aplicação dos recursos. A ausência de contas específicas para o recebimento das emendas, conforme exigido pelo STF desde 2024, também foi apontada como descumprimento das normas.
Além da suspensão dos repasses, Dino determinou que os casos sejam encaminhados à Polícia Federal para investigação, visando apurar possíveis crimes como prevaricação, desobediência a ordem judicial, emprego irregular de verbas públicas, peculato e corrupção. A Controladoria-Geral da União também foi orientada a aprofundar as auditorias nos municípios envolvidos.
A decisão reflete o compromisso do STF em assegurar a transparência e a legalidade na aplicação dos recursos públicos, especialmente em um contexto de crescente fiscalização sobre as emendas parlamentares.
Fontes: CNN Brasil, Poder360, Correio Braziliense, Migalhas, VEJA
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