As emissões de dióxido de carbono (CO₂) da China permaneceram praticamente estáveis no terceiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo relatório do Centre for Research on Energy and Clean Air (CREA) em parceria com o Carbon Brief. O resultado mantém uma tendência de 18 meses consecutivos de estabilidade ou queda nas emissões do país.
O desempenho foi impulsionado pelo forte crescimento das fontes renováveis de energia. A geração solar aumentou 46%, enquanto a eólica avançou 11% no período. Entre janeiro e setembro, a China adicionou cerca de 240 gigawatts (GW) em capacidade solar e 61 GW em eólica.
Apesar do aumento de 6% na demanda por eletricidade, as emissões do setor energético permaneceram controladas. Outros segmentos, como transporte, cimento e aço, também registraram redução nas emissões. No entanto, o crescimento de cerca de 10% nas emissões dos setores químico e de plásticos compensou parte dos avanços.
O relatório ressalta que, embora a estabilidade seja um sinal positivo, a China ainda precisa reduzir significativamente suas emissões para cumprir as metas de descarbonização previstas até 2030. A intensidade de carbono — quantidade de emissões em relação ao PIB — segue acima das metas estabelecidas.
A análise foi divulgada em meio às discussões da COP30, onde a China é vista como um ator essencial para que o mundo mantenha o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 °C.
Fontes:
Carbon Brief; The Guardian; Financial Times; The Straits Times; Times of India.
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