O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (28) a imposição de restrições de visto a autoridades estrangeiras envolvidas em práticas de censura que, segundo o Departamento de Estado, atentam contra a liberdade de expressão de cidadãos norte-americanos no exterior.

Embora os nomes dos alvos da medida não tenham sido divulgados, o comunicado oficial do governo dos EUA faz referência direta à América Latina como uma das regiões onde essas violações teriam ocorrido. A decisão amplia o escopo da política externa americana sob a justificativa de proteger os direitos civis de seus cidadãos mesmo além das fronteiras nacionais.

"Não toleraremos tentativas de silenciar vozes críticas ou impor punições extraterritoriais a americanos que expressam suas opiniões", afirmou o secretário de Estado Antony Blinken, em nota oficial. Ele acrescentou que a ação serve como “advertência àqueles que desejam exportar a repressão”.

A medida ocorre em meio a uma série de embates globais envolvendo liberdade de imprensa, censura digital e perseguição política. Nos últimos anos, países latino-americanos foram frequentemente citados por organizações internacionais por conta de restrições a jornalistas, influenciadores e críticos de governos.

Especialistas acreditam que o impacto da nova política pode se estender a autoridades do Brasil, Venezuela, Nicarágua e Cuba, onde casos de censura e cerceamento da liberdade de imprensa vêm sendo documentados por organizações como a Repórteres Sem Fronteiras e a Anistia Internacional.

A iniciativa também levanta debates sobre soberania nacional e interferência internacional, especialmente em contextos de tensões diplomáticas. Segundo analistas, a medida poderá provocar reações dos governos da região, que podem considerar a restrição como uma forma de pressão política e diplomática.

Fontes:

• BBC News Brasil. “EUA anunciam restrições de visto contra autoridades estrangeiras por censura de americanos.” Publicado em 28/05/2025. Disponível em: bbc.com/portuguese

• Departamento de Estado dos EUA. Comunicado oficial.

• Relatórios recentes da Anistia Internacional e Repórteres Sem Fronteiras (2024–2025).