O patrocínio da Coca-Cola a um congresso realizado em Brasília, que contou com a participação do ministro Alexandre de Moraes como palestrante, gerou forte reação do governo dos Estados Unidos, aumentando a tensão diplomática entre os países. O evento, realizado entre 11 e 14 de novembro, fazia parte de um encontro nacional do Ministério Público.

Reação dos Estados Unidos

A repercussão internacional ocorreu porque Moraes está incluído na lista de pessoas sancionadas pelos EUA com base na Lei Global Magnitsky. Segundo fontes do Departamento de Estado, um alto funcionário norte-americano teria contatado diretamente um executivo da Coca-Cola nos Estados Unidos para manifestar desaprovação ao patrocínio, afirmando que empresas americanas devem evitar apoiar eventos envolvendo indivíduos sancionados.

A Casa Branca também sinalizou que companhias que apoiem atividades com pessoas listadas podem enfrentar riscos de sanções secundárias, mesmo que nenhuma medida imediata tenha sido oficialmente anunciada.

Posição da Coca-Cola

A Coca-Cola Brasil afirmou que mantém parceria institucional com os organizadores do congresso e que o patrocínio visou apoiar debates de interesse público. A empresa destacou que não participou da seleção de palestrantes e que sua presença não representou posicionamento político.

Repercussões

O episódio gerou debates sobre os limites da atuação de empresas multinacionais em cenários envolvendo sanções internacionais. Especialistas afirmam que esse caso pode servir como alerta para outras companhias com presença simultânea nos EUA e no Brasil, especialmente diante da indicação de que Washington reforçará a aplicação da Lei Magnitsky no país.

Fontes: Folha do Estado; Bnews; Poder Nacional; Rádio Tribuna do Povo; A Trombeta News; Barreiras 40 Graus.