A decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de encerrar a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes provocou forte reação entre apoiadores do bolsonarismo. Nas redes sociais, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro passaram a atacar Trump, acusando-o de traição e de abandonar uma suposta promessa de enfrentamento às instituições brasileiras.
Entre as críticas mais recorrentes está a comparação desfavorável com Ronald Reagan. Influenciadores e parlamentares ligados ao bolsonarismo afirmaram que Trump “nunca será Reagan”, acusando-o de fraqueza política e de priorizar interesses diplomáticos em vez de uma postura ideológica mais dura.
Outro argumento usado pelos bolsonaristas é que Trump teria recuado porque “só queria negociar”, sugerindo que a ameaça de sanções seria apenas uma ferramenta de pressão e não um compromisso real com o grupo político brasileiro. A frustração aumentou após sinais de reaproximação entre Washington e o governo brasileiro.
O fim da aplicação da Lei Magnitsky a Moraes foi interpretado como um esvaziamento da estratégia internacional adotada por aliados de Bolsonaro, especialmente por Eduardo Bolsonaro, que vinha defendendo sanções contra autoridades brasileiras. Com o recuo, a narrativa de apoio irrestrito dos Estados Unidos ao bolsonarismo perdeu força.
Analistas avaliam que o episódio expõe a fragilidade da aposta política feita por bolsonaristas na interferência externa e evidencia que interesses diplomáticos e econômicos tendem a se sobrepor a alinhamentos ideológicos. O desgaste também reforça o isolamento internacional do grupo ligado ao ex-presidente brasileiro.
Fontes: G1; UOL; Folha de S.Paulo; BBC News Brasil.
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