O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu um amplo indulto a dezenas de aliados e ex-assessores que estiveram envolvidos nos esforços para anular o resultado das eleições presidenciais de 2020, nas quais ele foi derrotado por Joe Biden. A medida, descrita como “perdões completos e incondicionais”, abrange figuras de destaque em seu círculo político e jurídico.
Entre os beneficiados estão Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York e advogado pessoal de Trump; Mark Meadows, ex-chefe de gabinete da Casa Branca; e os advogados Sidney Powell, John Eastman e Kenneth Chesebro. Todos foram peças-chave em ações e estratégias para tentar reverter o resultado eleitoral, incluindo o controverso plano de criar listas falsas de eleitores pró-Trump em estados decisivos.
O decreto oficial de perdão foi divulgado pelo advogado-chefe de clemência do Departamento de Justiça, Ed Martin, que afirmou que a decisão busca “corrigir uma injustiça histórica e promover a reconciliação nacional”. Segundo o documento, os perdões abrangem apenas crimes federais, deixando de fora eventuais acusações em tribunais estaduais.
Apesar da abrangência da medida, especialistas jurídicos destacam que muitos dos nomes incluídos na lista não haviam sido formalmente acusados de crimes federais. Além disso, o perdão não se estende a investigações estaduais em curso em locais como Geórgia, Arizona, Wisconsin e Nevada, onde promotores continuam apurando possíveis irregularidades no esquema de “eleitores falsos”.
O próprio Donald Trump não se incluiu entre os beneficiados pelo decreto, que menciona explicitamente que “o perdão não se aplica ao Presidente dos Estados Unidos”. Analistas interpretam a decisão como uma tentativa de reforçar a narrativa de que a eleição de 2020 foi injusta e, ao mesmo tempo, proteger seus aliados mais próximos de eventuais responsabilizações em nível federal.
A medida gerou forte reação política. Enquanto apoiadores de Trump celebraram o gesto como um ato de lealdade e “correção histórica”, críticos acusaram o ex-presidente de usar o poder de perdão como instrumento político, enfraquecendo o princípio de responsabilização por tentativas de minar a democracia americana.
Fontes: The Washington Post, CBS News, Reuters, UPI, The New York Post, The Indian Express.
Comentários








