A visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão, realizada entre 24 e 27 de março de 2025, tem sido alvo de críticas e questionamentos por parte da oposição e de setores da sociedade civil. A comitiva presidencial, composta por aproximadamente 220 pessoas, incluiu ministros, parlamentares, assessores e a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a investigação dos custos da viagem, especialmente os relacionados à antecipação da ida de Janja ao Japão. A parlamentar argumenta que, por não ocupar cargo público, a primeira-dama não teria direito ao custeio com recursos federais .
Em resposta às críticas, o Palácio do Planalto afirmou que a viagem de Janja não gerou custos públicos. Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), a primeira-dama integrou a equipe precursora responsável por preparar a recepção presidencial no exterior, viajou em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e se hospedou na residência oficial da embaixada do Brasil em Tóquio, sem gerar despesas com hotel. Além disso, por não ocupar cargo público, Janja não recebeu diárias .
Durante a visita, Lula e Janja foram recebidos pelo imperador Naruhito e pela imperatriz Masako no Palácio Imperial, em Tóquio. A viagem também teve como objetivo fortalecer as relações comerciais entre Brasil e Japão, com destaque para a tentativa de ampliar as exportações de carne bovina e suína para o mercado japonês .
Apesar das explicações do governo, a presença de Janja em agendas internacionais continua sendo alvo de debate. A oposição pressiona por mais transparência nos gastos e na atuação da primeira-dama, questionando a legalidade de sua participação em eventos oficiais e os custos associados .
O governo ainda não divulgou o custo total da viagem da comitiva presidencial ao Japão. A ausência de informações detalhadas alimenta o debate sobre a necessidade de maior transparência nos gastos públicos relacionados a viagens oficiais.
A discussão sobre os custos e a participação da primeira-dama em viagens internacionais evidencia a importância de mecanismos de controle e fiscalização dos gastos públicos, bem como a necessidade de clareza nas atribuições e responsabilidades de figuras públicas que, embora não ocupem cargos oficiais, desempenham papéis de destaque na esfera governamental.
Fontes:
Poder 360
Infomoney
O Globo
Notícias UOL
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