Leonardo García, um cidadão americano de 25 anos nascido na Flórida e filho de pais mexicanos, foi detido duas vezes em um mês por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) no Alabama, apesar de apresentar documentos que comprovavam sua cidadania. García trabalhava em obras de construção quando foi abordado por agentes que alegaram que seus documentos eram falsos, baseando-se apenas em sua aparência e origem latina. Em ambos os episódios, ele foi algemado e levado para custódia, sendo liberado após a verificação de sua identidade. Após o segundo incidente, García processou o Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA, alegando que as detenções foram baseadas em perfis raciais e violaram seus direitos constitucionais.
Esse caso reflete uma prática mais ampla de detenções de cidadãos americanos de origem latina, que têm sido alvo de operações de imigração sem mandado judicial, com base em suposições sobre sua status migratório. Organizações de direitos civis, como a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), têm denunciado essas ações como violações da Quarta Emenda da Constituição dos EUA, que protege contra buscas e apreensões não razoáveis.
Em resposta, o DHS afirmou que García tentou obstruir a prisão de um imigrante indocumentado, mas não forneceu evidências concretas para sustentar essa alegação. O caso continua a ser acompanhado por defensores dos direitos civis, que buscam responsabilizar as autoridades pela aplicação de políticas de imigração que afetam injustamente cidadãos americanos com origem latina.
Fontes: Swissinfo, O Povo, CiberCuba
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